Archive for the ‘ Sons ’ Category
Olhos cerrados!
Lágrimas e um sentimento que nunca
A lua, já sumida, molhav com sua luz minha noite
a fogueira de vozes que me fazia realizar a vida defícil que transformamos
ser lagoa com pés que dançam ao redor
e vozes que me cantam não sei de onte.
À distância, via minha companheira e criança
seres que amo desde já
Anel?
somos.
Os deuses abençoam o que hemos de encontrar
a vagar prum lar que encontraremos
e somos.
Feliz, temeroso, novidades, Jurubeba, Amanda, digna de ser amada, e é.
José
“Essa tribo é atrasada demais.
Eles querem acabar com a violência,
mas a paz é contra-lei e a lei é contra a paz.”
(Pensador – Cachimbo da paz)
A fogueira que sobe pro céu
A terra a sustentar o fogo leve e quente. A terra imóvel, carregada pelo vento e dissolvida na água.
Meditativa é a terra. Estamos aterrados!
“A água com areia, brinca na beira do mar, a água passa, a areia fica no lugar”
Ela, molhada, desce com o peso. Esquenta com o fogo e forma ondas com o vento.
Somos rios e mares dentro de nós.
O vento brinca rodando tudo ao seu redor, leve, balança a rede e estamos nela. Passa as páginas do livro da vida e levanta poeira. Excitado pelo fogo do sol, de brisas a tempestades alisa as árvores.
O fogo balançado pelo vento esquenta a terra, a água e nos dá luz.
Cada lampejo de pensamento é fogo.
Somos água que corre dentro de nós.
Passea o ar dentro de nossas árvores internas.
A terra está em todo o corpo. Cada parte de nós é ela.
Como sentir isso imerso em tantas intempéries que conturbam nossa vista? A atenção passa! Não conseguimos atentar para os elementos dentro de nós porque temos muita informação e uma realidade difusa do lado de fora. Filhos, mães, o celular, trabalho, estradas, carro, prefeitura, lutas, ativismos, cores, distrações reais que podem ser modificadas. Esquecer a vida “comunhada”? Não, mas atentar o básico, o simples na frente de nossos olhos. Nele podemos encontrar respostas para a realidade distraída e complexa.
“And a great deal of adimiration
goes out to all those others travelers,
backpackers and surfers we met along the way.
Out there, on the go, seeing the world,
taking it all in.
Stay on track or off and enjoy the view.”
Onde se separam a arte e o esporte?
Quando o 1 se distingue do 2?
Onde e quando a curva se junta com a reta?
Quando a sa´de se desvincula da sanidade?
Onde est´ o limite da m´sica em volume baixo?
Existem limites? As linhas existem porque as vemos, n´s as criamos e nos separamos do que est´ ao nosso redor, imediatamente dentro de n´s. Quando palavras deixam de existir por parecer faltar algo?
Falta, de fato?
A onda nos ´, o asfalto sou eu e ´voc^.
Ladeiras viram subidas e nos deitamos nos rios.
Pedalamos, respiramos, sentimos tudo que somos sem dintinç~es, simplesmente sendo o tudo que nos envolve sem limite. At´onde a bicicleta n~o sou eu? O que nos separa?
Sejamos e n~o sejamos os limites de n´s mesmos.
Sem limites, ilimite-se.
Lançar no mar e ser onda,
Energia porta-vidas
subindo e descendo nas cristas
momentos de encantamento e sumiço
não ser
ser sem saber.
Cores que de onde?
Uma água salgada que pega fogo laranja
e refletindo o sol, o mar é quente.
Um arco baleno de todas as cores com nuvens,
uma sopa de vida corre em meu corpo
e eu deslizo.
Sentindo o vento e o cheiro salgados
sou sal, sol sal, sou água e fogo do astro
Sair?
Os pés cantando curvas, corpo no ar sem medo
de todas as direções por garantia.
Minhas barbatanas se reabrem e sou peixe.
Vida marinha que se desmancha
onda que bate na areia.