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A DITA bela DURA silenciosa

Como poderia ter acabado?

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Essa história que a ditadura acabou é mesmo uma falácia. Ela só está silenciosa, acontecendo todos os dias, quando existe poder de polícia desenfreado, protegendo interesses de terceiros e não de todxs. São os cães dos politiqueiros de merda e protetores do mercado, algumas vezes confundido com patrimônio público e ludibriando os alienados, que defendem ações militares a revelia.

Fico imaginando o que faria a Polícia Militar do RN dentro de um território da federação e onde ela não tem jurisdição, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), afligindo, intimidando, violentando os direitos de uma família. Pai, mãe e filho que sofreram represálias político-acadêmicas por denunciarem irregularidades escancaradas, mas permitidas por todxs que fazem vista grossa à corrupção que ocorre em alguns departamentos da UFRN.

A família estava no Departamento de Artes (DEART) da UFRN, resolvendo questões burocráticas que lhes causaram problemas acadêmicos por perseguição, como reprovações, privação de licença maternidade, orientação negada para uma dissertação, entre outras, quando professorxs começaram a conspirar com a chefia de segurança patrimonial da UFRN e, subsequentemente, a Polícia Militar. Os policiais chegaram sem identificação, coagindo o pai a entrar na viatura sem nenhuma justificativa aparente, simplesmente dizendo que ele iria com eles “por bem ou por mal”. A mãe, com o bebê no colo, protege o companheiro e não permite que eles o levem. é uma cena que me deixa extremamente revoltado. Ainda mais revoltado fico, quando pessoas alegam que ela “usou a criança para se proteger, para aparecer, que expôs o bebê”, quando, na verdade, a mãe está com seu filho, porque sua relação com ele é intrinsecamente materna, logo, o bebê estará com ela sempre.

Fico bestificado com os argumentos nas redes sociais apoiando “us puliça”, confirmando o poder a eles dado. E muito me admira, mas nem tanto, o comportamento reacionário dos artistas de tal departamento. Mas se justifica, talvez, pela predominância de uma CLASSE MÉDIA ALIENADINHA que reforça e concordo com a presença de policiais militares dentro da UFRN, ainda pior, desconhece o caso e fica protegendo professores e recriminando artistas que fogem dos padrões acadêmicos, extrapolam o DEART.

Bem! Querem ver o que foi isso? Assistam ao vídeo e confiram a esquizofrenia DEARTiana, que ama os pepa (PM).

Elementos

 

A fogueira que sobe pro céu
A terra a sustentar o fogo leve e quente. A terra imóvel, carregada pelo vento e dissolvida na água.
Meditativa é a terra. Estamos aterrados!

“A água com areia, brinca na beira do mar, a água passa, a areia fica no lugar”

Ela, molhada, desce com o peso. Esquenta com o fogo e forma ondas com o vento.
Somos rios e mares dentro de nós.

O vento brinca rodando tudo ao seu redor, leve, balança a rede e estamos nela. Passa as páginas do livro da vida e levanta poeira. Excitado pelo fogo do sol, de brisas a  tempestades alisa as árvores.

O fogo balançado pelo vento esquenta a terra, a água e nos dá luz.

Cada lampejo de pensamento é fogo.
Somos água que corre dentro de nós.
Passea o ar dentro de nossas árvores internas.
A terra está em todo o corpo. Cada parte de nós é ela.

Como sentir isso imerso em tantas intempéries que conturbam nossa vista? A atenção passa! Não conseguimos atentar para os elementos dentro de nós porque temos muita informação e uma realidade difusa do lado de fora. Filhos, mães, o celular, trabalho, estradas, carro, prefeitura, lutas, ativismos, cores, distrações reais que podem ser modificadas. Esquecer a vida “comunhada”? Não, mas atentar o básico, o simples na frente de nossos olhos. Nele podemos encontrar respostas para a realidade distraída e complexa.

PoltergeisTV – O poder da televisão

Caminhos

Dois caminhos. Por um, evitamos. Noutro, aceitamos como quem nota, isto è, num estado de abertura. No primeiro, fechamo-nos em mundos internos, externos e secretos. Buscamos monastérios, grutas, isolamento e votos. Um universo propício, labotarorioso e favorável a nossos objetivos, como a via dos monges e especialistas em geral. Damo-nos ao controle da atmosfera através de filtros e agentes suspensivos.

Na segunda via jogamo-nos na aceitação sistemática que antecede ao julgamento habitual. Pulamos no abismo e buscamos o buscador que se joga. Quem? O segundo caminho é a experiência em tempo real, com ou sem métodos. Monastérios, grutas e isolamentos estão em todos cantos, entrebordas, ao sabor da atenção. E a atmosfera é respirada com maior equanimidade.

Dois caminhos. Num rejeitamos isso e aquilo para o bem disto ou,  noutro, aproximamo-nos sem o julgamento asseverado. No primeiro, a razão. No segundo, a espontaneidade. Dois caminhos que apontam para o mesmo destino: a satisfação através do contentamento.

E quem se contenta? A insatisfação buca o contentamento. A ausência quer o màximo e o mínimo. Os dois caminhos servem aos insatifeitos, aos buscadores, aos incompletos, aos filhos e filhas, aqueles e aquelas que duvidam, que perguntam, que aprendem, que caminham e sobem degraus. A inatisfação busca o contentamento.

As qualidades e a natureza da insatisfação e do contentamento, onde podem ser achadas? Busquem-se no sujeito preocupado com essas questões, pois nele é que habitam. Nesta terra os caminhos servem aos sujeitos mais ou menos aventurosos. A conscienciosidade como medidada da liberdade e do medo.

B

Ser perdão

Como está minha mente agora?

Na vida, estamos sempre aprendendo, sentindo e nossas peles se vêem desatentas aos processos.

Erramos.

Mas como aprender a errar? Errar é uma dádiva que nós temos. Como perdoar-nos do mal que fazemos ao nosso outro ser. Se somos todos um, partes de um todo maior que é maior que o “nós” sentido, lançamos nossos sentimentos algumas vezes ao vento.

Desatento.

Fiz sofrer o amor e sinto na pele, sem culpa, mas sinto. Está em mim. O cuidado também. Com o errar, percebi que é preciso continuar. Precisamos sempre continuar. Sofrer e amar.

A vida é uma sopa de dores e cores. Amores e sabores desfrutados e frutos. Causa e consequencia.

Aprender a ter compaixão por si, para poder “compaixonar-se” com os outros, cuidar é uma verdadeira arte de amor. Estamos aprendendo, estamos aprendendo a dizer perdão a nós, perdoando o perdão dos outros e sendo perdoados.

Sinto que o caminho se abre como os cabelos da medusa que me paralisa, me faz ser pedra mole de textura de flores. Pedra, dos seres antigos, pimórdios de espíritos da mãe terra! O Povo de Pedra. Com o vento, a água, a temperatura certa, se transformou em rochas, areia, e somos nós agora. Depois de tanto tempo aprendendo.

Perdão!

Atenção!

Amor, vida, caminhos, escolhas, seres.

Em benefício de tudo.

Ser

Perdão

atenção