Archive for the ‘ Itapuamolhar ’ Category

Lançar-se

Lançar no mar e ser onda,

Energia porta-vidas

subindo e descendo nas cristas

momentos de encantamento e sumiço

não ser

ser sem saber.

Cores que de onde?

Uma água salgada que pega fogo laranja

e refletindo o sol, o mar é quente.

Um arco baleno de todas as cores com nuvens,

uma sopa de vida corre em meu corpo

e eu deslizo.

Sentindo o vento e o cheiro salgados

sou sal, sol sal, sou água e fogo do astro

Sair?

Os pés cantando curvas, corpo no ar sem medo

de todas as direções por garantia.

Minhas barbatanas se reabrem e sou peixe.

Vida marinha que se desmancha

onda que bate na areia.

Aula de planejamento urbano

274 elefantes sem código

O novo código florestal (minúsculo mesmo) está a ponto de entrar em vigor, se não for vetado pela presidenta Dilma Rousseff. Na minha humilde opinião, esse é um dos tratados de destruição ambiental mais irresponsável do planeta, pois diante de tantos sinais que o caminho para a sustentabilidade socioambiental conta com uma postura de conservação e preservação da matriz natural, uma nação soberana como o Brasil para, mais uma vez, nos interesses do poder de politiqueiros (bancada ruralista e seus acordos, grandes latifundiários e empresários).

Anistiar criminosos, rios com pouca ou nenhuma mata ripária proporcional, fazendas de camarão legalizadas impactando aticuns, logo estuários, berçários e rios, além de cidades mais sufocantes, com rios também desprotegidos, e as encostas e topos de morros (limpos?).

Diante de tantos protocolos e encontros internacionais que discutem a temática ambiental, que embora demandem deliberação para os termos serem debatidos, precisam ser mais ativos, de mais ação. Alguns que se dizem brasileiros – são mais investidores interesseiros – vêm com uma proposta de impacto social, econômico e ambiental que promoverá consequências de larga escala nas três instâncias.

Quem ganha com o novo código florestal? Já pensaram nisso? Ah! Mas isso não tem nada a ver comigo! Tem. Imagine que grande parte do que você come não vem dos grandes produtores de commodities, mas dos agricultores familiares. Não venho defender classes, mas esses que moram em suas terras e produzem nosso alimento não são privilegiados como os latifundiários do senado, da câmara, do Brasil. Essa é uma medida de interesse puramente econômico e elitista, não contempla a perspectiva socioecológica em benefício de uma maior parcela, desconsiderando os serviços ambientais prestados pela matriz natureza brasileira.

Esse é um grande problema para as cidades, não só dos campos. Lembram de Palmares-PE? As enchentes podem ter relação com rios sem mata ciliares (no lugar, canaviais), permitindo assoreamento, piorando o quadro de enxurrada na cidade. E as enchentes no cotidiano das grandes metrópoles brasileiras? Nada têm a ver com o novo código florestal? Não sou profeta, mas a situação de calamidade ambiental nas cidades só tende a piorar. Se os rios, em suas nascentes estiverem desprotegidos e eles correm para o mar, grande parte das cidades brasileiras sofrerão ainda mais. Sem falar na diminuição de áreas permeáveis (mata ciliar dos rios urbanos diminuem), o que vai ocasionar mais enchentes, casas inundadas e o panorama que boa parte dos brasileiros já conhece e vêem nos noticiários em época de chuva.

Esse novo código é uma falácia e o Brasil não caminha a passos de tartaruga, ele corre como 274 elefantes enfurecidos contra uma política ambiental condizente com o panorama ambiental atual e futuro no território nacional e no mundo.

VETA DILMA

Megalomanias dos New Reef

Pessoas,
trago esse assunto para mostrar que ainda existe um comportamento de cuidado dos habitantes para o bem das cidades. Em uma diferente escala, elas são nossas casas, extensões de nossas memórias.

Isso é relação pessoa ambiente e despertar, ressurgência de uma cidade saudável do ponto de vista socioambiental (a danada da sustentabilidade). Vamos pensar um pouco! Se aproximadamente 80% das pessoas vivem nas cidades, precisamos, no mínimo atentar para a qualidade delas. Cuidar dessa nossa roupa ou camada em todos os aspectos. Continuemos PREservando e CONservando as matas, mas a cidades são onde vive muitas espécies, dentre elas, os humanos (que nem são tão humanos assim).

Precisamos fazer com que a cidade continue se movendo (nesse caso, não é a mobilidade urbana, mas ao comportamento ameboide de regiões das cidades), e projetos parecidos com o Novo Recife inviabilizam esse movimento envolvente de diversas partes de um complexo sistema funcional. As ruas precisam ser ocupadas para que estejam seguras. Não precisamos de torres de quarenta andares para desfrutarmos a beleza das ruas! Como o vento passaria?! Como as pessoas que não estão nas torres verão o Rio? O rio é alma líquida que corre do lado do cais e precisa ser reconsiderado como veia da cidade, não esquecido e escondido.

Três mega empresas do ramo da construção (Moura Dubeux, Queiroz Galvão e GL) e o setor público (Prefeitura do Recife, IPHAN – de Brasília?) não sabem que um projeto “mágico”  macaqueará uma área do centro da cidade do Recife! Só mexe com um bocado de coisa de patrimônio socioambiental, cultural (material e imaterial, pois mexe no imaginário de quem vive a cidade), econômico (ou deseconômico), mas o que importa é a COPA e o dinheiro no bolso. Balança minhas expectativas de uma cidade bonita. Mexe contigo? Imagina 20, 40, 100 anos na frente (se existe gente que acredita que o mundo não vai acabar). Não veremos o céu das cidades! Ficaremos com torcicolos de olhar pra cima.

Concretizar um projeto desse pode não ser acabar o mundo, mas destruir uma cidade. Para mim, não presta serviços positivos integralmente, mas é uma desconstrução negativa com bônus parcial, para poucos.

Bom que as pessoas estão em cima. Vamos propor projetos envolvendo a população e suas necessidades, integração da mobilidade, centros culturais a céu aberto, parques com muitas árvores (as cidades precisam respirar), pessoas nas ruas. Requisitar sistemas de transportes que dependam menos do carro, construir a cidade numa perspectiva ecológica, sabendo que economia, ecologia e pessoas fazem parte de um contínuum de interações diretas, mas sutil.

O Recife não pode ser destruído!

O dia de não fazer nada

Imaginem um dia de vagabundos! Dia que as pessoas não fazem nada… Esse dia poderia ser o domingão, né?!!?
Tanta coisa legal na televevisão, mulheres dançando, crianças sendo usadas como bonecos, marionetes de um show de horrores, mas nas ruas, nada pra fazer. Vamos aos shoppings comprar nossa felicidade! É mais interessante que respirar o ar DES-condicionado das ruas.

Dia 04/03, último domingo, eu e mais uma dúzia de vagabundos (iluminados) fomos à Praça do Derby (Recife-PE) pedalar, pintar placas (feitas em Vinil), camisas, conversar sobre as cidades, a vida, conhecer novas pessoas, tudo isso com o propósito de lembrar que podemos transformar os espaços públicos em lugares, a partir do momento que damos nossas caras às ruas. Não é fazer a rua ser “minha”, mas proporcionar vida, uma extensão de nossa casa pelos lugares que passo (passamos). Todos nós podemos fazer isso!

As placas das quais falei aantes foram fixadas no Parque Treze de Maio e na Avenida Rosa e Silva (roteiro), depois que duas equipes de pessoas lindas decidiram partir para o abraço nas ruas da cidade do Recife.

By Anderson Freire

Nesse dia, contabilizo 50 Km rodados em bicicleta. Depois de uma descida desde Aldeia (Camaragibe), entrar em contato com essas pessoas e resgatar o ativismo pela mudança me fez muito mais alerta e feliz. Isso, para alguns, é fazer nada ou não ter nada pra fazer… Hein? Já pensaram se todos fizessem um tiquin de coisas desse tipo? Se nos jogássemos nas cidades, colorindo suas ruas, modificando sistemas e contribuindo para um mundo melhor!

Poderíamos sonhar mais com os olhos acordados, visualizando uma realidade mais distorcida, mas pelas nossas próprias mãos. Seria um tal de proporcionar à nossa imaginação mais momentos de muita ludicidez!

Não vamos deixar que o movimento por outras causas se percam no discurso daqueles que pensam que nada estamos fazendo.

Avante! Para cima, para baixo, para frente, para trás, todos os caminhos podem contribuir, contanto que se saia da “mesmice”, do discurso redondo.

 

A floresta chora sangue

A floresta Amazônica é dos brasileiros. É do Brasil. É!?

A floresta é do mundo, é de todos, mas “nós” estamos nessa demarcação e precisamos estar atentos à Terra! Essa ilha, a Pacha Mama, é os nossos pés e cabelo. A floresta derrubada, indundada não vale mais do que agora.

Quem ganha com Belo Monte? Para quem vai essa energia? Certamente, o foco não é só o seu microondas, ou recarregar o celular.

Indústrias… Tudo que não temos no Brasil, né?! O país cresce (é?) e precisa de energia.

O mundo clama por justiça biosócioecodiversa! Os engajamentos internacionais estão

Não à Belo Monte!

Mas não esqueçam… Feliz Natal…. Feliz ano novo… e por aí vai…

Feliz?

Lagoar

Vamo lagoar

ver a lua subir, voar

ser a luz do sol refletida

ser lagoa, mergulhar

nuvens passando, luz-lagoa

dormir na areia, corpo-terra

Bromélias em fulô

Cavalo-do-cão em flor

andando na areia

dunas acima

Cajú

mergulhar lagoa

LAGOAR

Mais um domingo no Parque

Fazer da rua a nossa casa.

Pois é, gente linda do mundão. Domingo último ocorreu mais uma grande confraternização no Parque de Capim Macio (Natal-RN). Foi o dia e a tarde e a noite do Brechó de Natal do Parque. Momentos maravilhosos que já se manifestavam dentro de quem vivencia o espaço antes mesmo de acontecer de fato.

Levamos nossas coisas, produtos, amores, espíritos, músicas, sorrisos e mais, como mais uma forma de viver um espaço de convivência diverso. Maravilhoso para compartilhar momentos mágicos de danças circulares e conhecer mais pessoas lindas em Natal.

O parque é de todos! A rua é de todos. Faça da rua a sua casa. Desfrutemos dos espaços abertos (praças, parques, praia, rua, por que não terrenos baldios com plantações, e mais), pois esses são nossos jardins e quintais.

O brechó ocorreu com muito primor, muito capricho e cuidado. Pessoas que amam a natureza da natureza estavam ali, trocando artefatos que não lhes eram mais úteis, vendendo artesanato, comida, livros, roupas, pedras e toda a sorte de lindezas de coração.

A quantidade de gente!! Não sei, mas acho que, no Parque, eu não lembro de ter visto. O aniversário de três anos foi lindo, e o Brechó tanto quanto.

Feliz por fazer parte e por dividir com todos!

“A terra é a mãe de todos nós

sagrada é a terra

a terra é a mãe de todos nós.”

Que venham as próximas festividades no Parque de Capim Macio, esse lugar que não está abandonado, mas amado e vivendo, pulsando…

Cidades democráticas

Cidade Democrática

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