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BICICLETADA FÉ E ALEGRIA

BICICLETADA FÉ E ALEGRIA

Imagem montada a partir de inspiração de um artista que não conheço, mas taí o cartaz.

A desigualdade desmascarada

“… é manifestamente contra a lei da natureza, de qualquer maneira que a definamos, que uma criança mande num velho, que um imbecil conduza um homem sábio, ou que um punhado de pessoas nade no supérfluo, enquanto à multidão esfomeada falta o necessário”

                                                                                                                                                                          Rousseau

Bicicletas pras ruas

Só com capacete?

Bem, aqui vai um pequeno desabafo e um alívio para o cotidiano pedalado.

Quando estou com capacete, as pessoas respeitam mais minha situação de ciclista urbano. Talvez seja uma maneira de me visualizarem mais fácil, ou ainda uma perspectiva de responsabilidade que o uso do equipamento passa (como o uso do cinto de segurança ou do capacete na moto, sabe?). Talvez um estereótipo de ciclista. Não sei, mas isso eu notei.

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Ônibus, carros, motos, vans, a maioria respeitam e não dão fechadas perigosas, imprensadas, ao contrário, buzinam avisando que viram, ou depois de ver meu dedão levantado e agradecendo antes mesmo de eles chegarem perto. Tenho tido espaço!

O capacete é importante, reconheço, não apenas para a visualização, mas para a proteção da cachola. Entretanto, convivemos com milhares de pessoas que não o usam. É preciso considerar todos os ciclistas, estejam eles com ou sem capacete. A cultura do uso do capacete precisa estar subjacente ao princípio do respeito e da proteção aos menores do trânsito.

Fica minha impressão

Mais um pras estatísticas?

Podia ser!

Voltando pra casa, depois de um dia puxado de trabalho (eram umas 23:40 h), apenas 9 horinhas diretas, pedalando, pensando na minha filha que está pra nascer, minha mulher (trago um sanduíche pra ela’s). Tudo bem. Sinais abrem a meu favor, tudo verde, pedal maravilhoso de costume, com força nas coxas e cabeça de criança.

Até o momento que uma motorista me força a entrar num posto de gasolina. Mas eu nem queria! Não preciso de gasosa. Ela me dá uma bela trancada! Mas de uma maneira bem violenta! Fico indignado. Se fosse em outros tempos, nem ligaria, desviaria, teria ficado puto e ia embora apenas reclamando comigo mesmo. Mas dessa vez não. Segui essa louca até onde ela estacionara, quando já ia falando: “Minha tia, assim a senhora pode machucar um!! Pode matar um!!”

Até estacionar, ela quase atropelou uma pessoa que cruzava o posto, quase bate em um carro e na bomba de combustível. Tava boa, hein!?! Imaginei.

Um amiguinho do banco de trás do carro dela vira pra mim na maior cara lisa e faz sinal de que ela está embreagada. Como se depois disso, eu devesse pegar minha bici e deixar pra lá, pois a bixinha estava bêbada… Sabe aquele sinal de que se diz “vamo tomar uma?”, com o polegar direcionando pra a boca!!!?!?! Pois é! Tudo que eu precisava ver… Se bem que já imaginava o que estava dirigindo. Um “veículo” alcoolizado dentro de outro…

Meus dizeres mudaram: Minha senhora… A senhora mata um pai de família! Sabe o que é direção defensiva? A senhora mata um. Minha filha tá me esperando em casa, dentro da barriga da minha mulher. Ela tá de 9 meses! Acabo e sair do trabalho e vou pra casa. Sabe o que é isso!?

A pergunta dela, gritando e cambaleando, enquanto o amigo se encosta no vidro traseiro do Chevrolet prisma placa HXY5778 – Mossoró RN: Matei você?! Matei você?

Quer dizer que precisa matar pra reconhecer que fez merda?! Que pode arrancar uma vida? Que, só assim, estaria errada!?

Saí do posto, depois do espetáculo que fiz questão de armar. Foi uma oportunidade de todos ali visualizarem como podem ferir ou arrancar vidas dos outros dentro de seus carros (que podem ser armas letais). Na saída do posto, um companheiro num carro, me para e diz: Vai ao posto da rodoviária do outro lado. Fui ao posto da polícia estadual de trânsito do RN praticamente do outro lado da rua. Ou não se interessaram, ou tiveram prequiça de fazer o retorno e chegar junto daquela quase assassina. Mandaram entrar em contato com a PM, pelo 190. Chegaram, anotaram a placa, foram um pouco mais atenciosos, mas não puderam fazer nada, pois ela estava parada, comendo seu lanchinho.

Nada mais pode ser feito! Sei não… Armas livres nas mãos de bêbados…

Esse fim de semana, domingo (07/04) vai rolar um ghostbike em São José do Mipibu. Uma criança foi vítima! E ciclistas, cicloativistas, parentes e mais pessoas seguirão até o local para simbolizar mais uma vida retirada pela estupidez no trânsito. Antenem-se!

Menos violência no trânsito!

A vida pede passagem

E, se nas ruas houvesse menos velocidade?
Transportes em escala genuinamente humana, os quais não estamos encaixotados como sardinhas, mas nos fazem sentir como “reis”.
Nas cidades, uma boa parcela das pessoas tem arma, poder de tirar vidas, mudar vidas e não sabe!
Precisamos de janelas que nos mostrem outros horizontes. Janelas de sorrisos e lógica da vida. Sem guerra armada diária.


Menos violência no trânsito!
A vida pede passagem.

Cidade para as pessoas

Limites

Onde se separam a arte e o esporte?

Quando o 1 se distingue do 2?

Onde e quando a curva se junta com a reta?

Quando a sa´de se desvincula da sanidade?

Onde est´ o limite da m´sica em volume baixo?

Existem limites? As linhas existem porque as vemos, n´s as criamos e nos separamos do que est´ ao nosso redor, imediatamente dentro de n´s. Quando palavras deixam de existir por parecer faltar algo?

Falta, de fato?

A onda nos ´, o asfalto sou eu e ´voc^.

Ladeiras viram subidas e nos deitamos nos rios.

Pedalamos, respiramos, sentimos tudo que somos sem dintinç~es, simplesmente sendo o tudo que nos envolve sem limite. At´onde a bicicleta n~o sou eu? O que nos separa?

Sejamos e n~o sejamos os limites de n´s mesmos.

Sem limites, ilimite-se.

No quilombo

No quilombo há bicicletas coloridas.

Quilombo Machadinha – Quissamã por Helena Cooper

Carro ou bici?

O danado é que ainda se perguntam…