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Anonymatotal

O dia de não fazer nada

Imaginem um dia de vagabundos! Dia que as pessoas não fazem nada… Esse dia poderia ser o domingão, né?!!?
Tanta coisa legal na televevisão, mulheres dançando, crianças sendo usadas como bonecos, marionetes de um show de horrores, mas nas ruas, nada pra fazer. Vamos aos shoppings comprar nossa felicidade! É mais interessante que respirar o ar DES-condicionado das ruas.

Dia 04/03, último domingo, eu e mais uma dúzia de vagabundos (iluminados) fomos à Praça do Derby (Recife-PE) pedalar, pintar placas (feitas em Vinil), camisas, conversar sobre as cidades, a vida, conhecer novas pessoas, tudo isso com o propósito de lembrar que podemos transformar os espaços públicos em lugares, a partir do momento que damos nossas caras às ruas. Não é fazer a rua ser “minha”, mas proporcionar vida, uma extensão de nossa casa pelos lugares que passo (passamos). Todos nós podemos fazer isso!

As placas das quais falei aantes foram fixadas no Parque Treze de Maio e na Avenida Rosa e Silva (roteiro), depois que duas equipes de pessoas lindas decidiram partir para o abraço nas ruas da cidade do Recife.

By Anderson Freire

Nesse dia, contabilizo 50 Km rodados em bicicleta. Depois de uma descida desde Aldeia (Camaragibe), entrar em contato com essas pessoas e resgatar o ativismo pela mudança me fez muito mais alerta e feliz. Isso, para alguns, é fazer nada ou não ter nada pra fazer… Hein? Já pensaram se todos fizessem um tiquin de coisas desse tipo? Se nos jogássemos nas cidades, colorindo suas ruas, modificando sistemas e contribuindo para um mundo melhor!

Poderíamos sonhar mais com os olhos acordados, visualizando uma realidade mais distorcida, mas pelas nossas próprias mãos. Seria um tal de proporcionar à nossa imaginação mais momentos de muita ludicidez!

Não vamos deixar que o movimento por outras causas se percam no discurso daqueles que pensam que nada estamos fazendo.

Avante! Para cima, para baixo, para frente, para trás, todos os caminhos podem contribuir, contanto que se saia da “mesmice”, do discurso redondo.

 

Esperança

Sempre vem! Sempre tem!

Petróleo despejado, roubo no senado

Código desrespeitado, injustiça bem do lado

O que fazer? Jogar tudo para o ar?

Não acreditar?

Utopia no horizonte que nunca atingido, mas sempre fortalecedor de movimentos de bem.

Por mais que estejamos no torpor do sofrimento e da ignorância, podemos clarear nossos olhos com nossa luz, luz de nossos anjos, do fogo da vida.

Estando vivo, como parar de viver!? Para alguns é mais difícil, para outros mais ainda… Mas vivos, temos chance, caminhamos… Um pé na frente do outro, o olho no chão e no céu.

Caminhando com as nuvens e escalando com sorrisos pra pular dos trampolins.

Fluir docemente

Se, ao final desta existência,
Alguma ansiedade me restar
E conseguir me perturbar;
Se eu me debater aflito
No conflito, na discórdia…

Se ainda ocultar verdades
Para ocultar-me,
Para ofuscar-me com fantasias por mim criadas…

Se restar abatimento e revolta
Pelo que não consegui
Possuir, fazer, dizer e mesmo ser…

Se eu retiver um pouco mais
Do pouco que é necessário
E persistir indiferente ao grande pranto do mundo…
Se algum ressentimento,

Algum ferimento
Impedir-me do imenso alívio
Que é o irrestritamente perdoar,

E, mais ainda,
Se ainda não souber sinceramente orar
Por quem me agrediu e injustiçou…

Se continuar a mediocremente
Denunciar o cisco no olho do outro
Sem conseguir vencer a treva e a trave
Em meu próprio…

Se seguir protestando
Reclamando, contestando,
Exigindo que o mundo mude
Sem qualquer esforço para mudar eu…

Se, indigente da incondicional alegria interior,
Em queixas, ais e lamúrias,
Persistir e buscar consolo, conforto, simpatia
Para a minha ainda imperiosa angústia…

Se, ainda incapaz
para a beatitude das almas santas,
precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende…

Se insistir ainda que o mundo silencie
Para que possa embeber-me de silêncio,
Sem saber realizá-lo em mim…

(Hermógenes)

Aprender, fazer, ensinar

Aprender

É descobrir

Aquilo que

Você já sabe.

 

Fazer

É demonstrar

Que você sabe.

 

Ensinar

É lembrar

Aos outros

Que eles

Sabem tanto

Quanto você

 

Nós todos somos

Aprendizes,

Fazedores,

Professores.

 

Richard Bach

¿Móveis?

Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do
Cairo no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio. O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
– Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa, olhou ao seu redor e perguntou também: – E onde estão os seus…?
– Os meus?! Surpreendeu-se o turista. – Mas estou aqui só de passagem!
– Eu também… concluiu o sábio.
“A vida na Terra é somente uma passagem, no entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente, e se esquecem de ser felizes.”
“NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL…SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA…”
Grato, primo!

Utopia dois mundos